Friday, September 11, 2020

Videodrome

Quase que eu me enganava nesse pandemônio todo. Flutuava, ao fim do ano passado. Sonhava no barco. Acordado. Voltei seguindo o embalo: não queria mais trabalhar sentado.

Parece que, todo, me abarcou. Não queria queimar filme, não queria montar tripé. Só queria plantar semente, viver o ciclo da água, fluir por cada da maré.

Quase que eu desistia do que parece que eu vim pra ser. Tem essência eletrizada, funciona por meio de energia. Artificial, eu dizia. Tem pés fincados no chão, tem cor, tem fluxo e padrão. Uma colorbar pintada à mão, filmada e jogada, em fibra ótica espalhada, jogando à tua atenção.

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